2023 foi o ano mais quente da história

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2023 foi o ano mais quente da história

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O observatório Copernicus, da Agência Espacial Europeia, confirmou que 2023 foi o ano mais quente desde o início dos registros históricos, em 1850. Com temperaturas excepcionalmente altas em diversas regiões do planeta, inclusive nos oceanos.

Embora as elevadas concentrações de gases de efeito estufa sejam a principal causa do aquecimento global, o fenômeno climático El Niño também contribuiu para o aumento das temperaturas em 2023. Nos três anos anteriores, ocorreu o oposto, o La Niña, que favorece o resfriamento.

A média global de temperatura em 2023 foi de 14,98°C, superando em 0,17°C o recorde anterior registrado em 2016.

2023 foi também o primeiro ano em que todos os dias superaram em 1°C os níveis pré-industriais (1850-1900) Quase metade dos dias em 2023 estiveram mais de 1,5°C acima desses níveis, e pela primeira vez na série histórica, houve dois dias em que os valores foram superiores em 2°C.

Em 2015, a comunidade internacional se comprometeu através do Acordo de Paris a limitar o aumento da temperatura global a bem abaixo de 2°C em relação aos valores pré-industriais, preferencialmente limitado a até 1,5°C.

Segundo os especialistas do Copernicus, embora as cifras de 2023 tenham superado esses limites, eles não foram ultrapassados, pois os limites estabelecidos pelo acordo se referem a períodos de pelo menos 20 anos em que essa anomalia de temperatura média é ultrapassada.

Os cientistas reconhecem que o cenário registrado em 2023 é terrível. A temperatura média no ano passado foi 1,48°C acima dos níveis de 1850-1900 e 0,60°C superior à média do período entre 1991 e 2020.

As observações do Copernicus indicam que um fator crítico para os valores incomuns apresentados em 2023 foram as altas temperaturas nos oceanos, consideradas sem precedentes pelos cientistas. As temperaturas médias globais da superfície do mar atingiram valores recordes de abril a dezembro, principalmente no Atlântico Norte.

O ano passado foi marcado pela redução do gelo marinho na Antártida, com extensões diárias e mensais alcançando mínimos históricos em fevereiro. No Ártico, a concentração de gelo em março, considerado o período de pico do ano, esteve entre as quatro mais baixas já registradas.

O relatório também aponta que 2023 teve níveis recordes de concentração de gases de efeito estufa. Os níveis de dióxido de carbono foram 2,4 ppm superiores aos de 2022, atingindo a marca estimada de 419 ppm. Já a concentração de metano aumentou 11 ppb em relação ao ano anterior, estimada em 1.902 ppb.

Embora o aumento tenha sido menor do que nos últimos três anos, os especialistas ressaltam a necessidade de medidas urgentes para reduzir as emissões e combater as mudanças climáticas.

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