A preocupação de Fux no 8/1

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A preocupação de Fux no 8/1

Fotos: Fabi Campos/Divulgação

Em meio à preocupação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com documentos sigilosos e processos durante os atos de 8 de janeiro de 2023, o ministro Luiz Fux fez um pedido peculiar ao secretário de segurança do STF, Marcelo Schettini.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Schettini disse que Fux o alertou para preservar os seus troféus de jiu-jítsu.

“Não podem tirar meus troféus”, disse o ministro, segundo relato do secretário de segurança do STF.

Praticante da arte marcial há 50 anos, Fux é faixa coral (branca e vermelha), a segunda mais alta da modalidade. Em novembro de 2023, ele participou de um seminário de jiu-jítsu em Brasília no CT Osvaldo Alves, que fica dentro do Supremo e foi batizado em homenagem ao mestre de Fux.

O STF em 8 de janeiro de 2023

Marcelo Schettini disse ao jornal que o pedido de Fux foi apenas um dos vários que recebeu durante a invasão da sede do STF. Segundo ele, os agentes foram orientados a retirar as placas das portas dos gabinetes para que os invasores não pudessem identificar a quem pertencia cada sala.

Ao todo, cem policiais judiciários participaram da ação.

Segundo Schettini, os vândalos entraram na sala onde ficam as togas dos ministros e arrancaram a porta do armário de Alexandre de Moraes. Embora tenham divulgado imagens como se estivessem em seu gabinete, eles não chegaram a invadir o local.

O segurança do Supremo disse à Folha que esteve presente na reunião em que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e outros órgãos elaboraram o plano para conter a manifestação e que a atribuição de sua equipe era apenas cercar o tribunal.

De acordo com o secretário, a equipe de segurança do STF teve certeza de que teria problemas quando a descida do Congresso foi aberta e os gradis que protegiam a Corte foram derrubados.

“Estávamos preparados para outro cenário e, quando vimos que a Esplanada foi aberta, acendeu uma luz vermelha. Nosso planejamento já segurou um número grande de pessoas, então não se acreditava que, tendo 4 mil pessoas, alguma coisa poderia falhar. O planejamento cai igual um efeito dominó, se um falhou lá em cima, esse outro vai falhar”, disse Schettini.

“A gente estava lidando quase dois anos com isso e não tinha tido falha em nenhum momento. Estava confiante que o plano daria certo. A abertura da Esplanada foi o começo do fim. Eles poderiam não ter invadido nenhum prédio, só mantendo o protocolo”, acrescentou.

Schettini afirmou ainda que a então presidente do Supremo, a ex-ministra Rosa Weber, queria ir ao STF quando manifestantes ainda estavam na Esplanada dos Ministérios. No entanto, ele sugeriu que ela não o fizesse e pediu aos demais ministros para que não se deslocassem de onde estavam.

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