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Um complexo sistema de cidades perdidas com mais de 2.500 anos, ligadas por estradas e canais, foi descoberto na região montanhosa dos Andes, região que faz parte da Amazônia do Equador.
A civilização, que teria durado cerca de mil anos, é considerada a primeira sociedade complexa da Amazônia conhecida e foi revelada por uma recente tecnologia de mapeamento a laser.
A descoberta é impressionante e altera drasticamente o que se conhece sobre a história das antigas civilizações amazônicas.
O urbanismo das cidades perdidas da Amazônia
Os estudos indicam um intenso urbanismo na região do Vale do Upano, ocupada entre 500 a.C e 600 d.C.
Nesse período, cinco assentamentos grandes e dez menores foram construídos, todos cercados por extensos campos agrícolas e terraços para o plantio de diversos alimentos.
A população estimada é comparável à de Londres na era romana, evidenciando uma ocupação densa e uma sociedade extremamente complexa.
Tecnologia Lidar revela antigas construções
A existência de cidades tão antigas na densa Floresta Amazônica foi revelada pela tecnologia Lidar, que permite que os pesquisadores vejam através da cobertura florestal e reconstruam os antigos locais abaixo dela.
“Cidades perdidas na Amazônia sempre foram um mito, mas agora as tecnologias modernas permitem revelar segredos antigos escondidos sob a espessa cobertura vegetal da maior floresta tropical do planeta”, explica o arqueólogo Pedro Paulo Funari, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os assentamentos foram interligados por extensas estradas, criando um complexo sistema de integração.
Além disso, evidências de milhares de montes de terra, que teriam sido a base de várias construções, confirmam a grandiosidade dessa civilização perdida.
A descoberta desses assentamentos altera a percepção de que a Amazônia seria uma região quase inabitada antes da colonização.
A cada novo estudo, a história das antigas civilizações amazônicas é reescrita, revelando sociedades complexas e organizadas, capazes de construir e gerenciar grandes cidades.
Fonte: G1
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O Antagonista
