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O ainda secretário executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Cappelli, foi convidado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), para ocupar um cargo no primeiro escalão do governo. A área de atuação na administração, porém, não foi definida.
O convite a Cappelli foi confirmado à CNN pelo próprio prefeito. O secretário executivo, por sua vez, disse que só decidirá sobre seu futuro profissional após tirar férias
“No momento estou pensando nas minhas férias, na volta farei a transição (no Ministério da Justiça) e definirei o meu futuro”, disse.
Troca de mensagens
A aproximação de Paes e Cappelli ficou evidente nesta semana, quando o prefeito usou o X (antigo Twitter) para “avisar” Cappelli que uma organização criminosa “está pedindo dinheiro” para a empreiteira responsável pela construção do Parque Piedade, na Zona Norte da capital fluminense.
“Ameaçam paralisar as obras caso o pagamento não aconteça. Obviamente não vamos aceitar”, escreveu Paes.
Também pela rede social, Cappelli respondeu: “Temos recebido relatos iguais de outros prefeitos do Rio, infelizmente. O crime organizado destrói a economia e o desenvolvimento. A empreiteira não pode pagar nada, é inaceitável este estado paralelo. Vamos para cima destes bandidos”, afirmou Cappelli.
De saída
Ricardo Cappelli deve retornar a Brasília mais para o fim da segunda quinzena de janeiro para a transição na pasta.
Com a confirmação de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça, Cappelli disse que não ficará na pasta.
Prestes a tomar posse no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a defender a permanência de Cappelli na pasta. Porém, Lewandowski levará a sua própria equipe para cargos-chaves.
Ao anunciar Lewandowski como novo titular da Justiça e Segurança Pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que deu carta branca ao ministro.
“Eu, se fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time”, disse Lula.
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Fonte: CNN
