Gafisa convoca Assembleia para discutir participação de Tanure

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A Gafisa convocou uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para deliberação a respeito da suspensão do exercício dos direitos políticos de fundos de investimentos supostamente vinculados a Nelson Tanure até a publicação de edital de oferta pública de aquisição de 100% da companhia.

A solicitação partiu do Esh Theta, da Esh Capital, detentora de 3% do capital votante da Gafisa. A gestora de recursos defende que fundos ligados a Tanure atingiram participação acionária acima de 30% do capital social da construtora, o que obrigaria o grupo a lançar oferta pública de aquisição das ações dos demais acionistas, conforme previsto pelo estatuto da empresa.

Ainda de acordo com a Esh, o Conselho de Administração teria  “violado seu dever fiduciário visando satisfazer os interesses dos Acionistas Nominados (grupo ligado a Tanure) em detrimento dos interesses da Companhia e de seus demais acionistas“, diz o documento de convocação da Assembleia.

Por esse motivo, a AGE deve deliberar ainda sobre a destituição dos atuais membros do Conselho de Administração da companhia e a eleição de novos membros do conselho, com mandato unificado de dois anos. A assembleia está marcada para o dia 7 de fevereiro.

A Administração da companhia se defende das acusações na própria convocação e lembra que a Esh fez pedido semelhante em fevereiro do ano passado, mas acabou vencida em assembleia realizada à época. “(A gestora) e renova agora seu pedido de convocação da AGE com base na mesma narrativa, que não traz novas provas objetivas, mas todas as vezes que teve oportunidade de buscar pelos meios adequados e junto às autoridades competentes a comprovação de sua tese sobre a violação do artigo 44 do estatuto social, se omite em fazê-lo, o que põe em dúvidas a real intenção deste acionista“, afirmam os administradores.

Na visão da administração da Companhia, o modus operandi da ESH Theta indica que seu objetivo final não seria efetivamente discutir eventual infração ao artigo 44 do  Estatuto Social da Companhia, mas buscar meios para afastar os direitos políticos de uma série de acionistas a fim de viabilizar uma tomada hostil da Companhia e sua administração, ou ainda, de foma mais imediata, ocasionar uma oscilação positiva da cotação das ações da Companhia em prejuízo aos interesses da Companhia e, em consequência, do conjunto de seus acionistas”, contra-ataca a Administração da Gafisa, também nas alegações contidas na convocação da AGE.

Por fim, os membros da cúpula da construtora destacam que foram legitimamente eleitos na última Assembleia Geral Ordinária, realizada em 28 de abril de 2023, com votos representando 74% do total de ações presentes.

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