O realismo nada fantástico de Marco Aurélio Mello sobre o 8 de janeiro

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O realismo nada fantástico de Marco Aurélio Mello sobre o 8 de janeiro

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Como mostramos há pouco, os ministros do STF fizeram as suas respectivas avaliações sobre os atos de 8 de janeiro, um ano após o quebra-quebra na Esplanada dos Ministérios.

O Supremo também ouviu ex-ministros do Tribunal, como Marco Aurélio Mello e Celso de Mello. O tom das declarações foi ameno, na mesma linha dos demais: que as instituições permaneceram sólidas, apesar de um movimento irracional de alguns poucos “delinquentes vulneradores da ordem constitucional”, nas palavras de Celso de Mello.

Marco Aurélio destoou dos demais.

Não somente ele foi sucinto em sua análise como também resolveu tocar realmente na ferida:

“[O 8 de janeiro foi] Um acontecimento extravagante, a partir da falha do Estado.”

De todos os ouvidos, Mello foi o único que abordou essa questão, tão negligenciada pelos demais: a falha completa do Estado (poder público Estadual e União) durante todo aquele episódio. Desde 8 de janeiro, o Palácio do Planalto joga a responsabilidade pelo episódio a uma falha específica da Polícia Militar do DF e à omissão deliberada do então secretário de Segurança Pública local Anderson Torres.

Pelo jeito, os demais esqueceram que a história se faz buscando-se os dois lados de um mesmo fato.

Leia o que falou os demais ministros aposentados sobre o 8 de janeiro:

Ministro Celso de Mello

“A data de 8 de janeiro de 2023 (‘um dia que viverá eternamente em infâmia’, como enfatizou a eminente ministra Rosa Weber, então presidente do STF) representa, por efeito da invasão multitudinária e criminosa nela perpetrada contra os Poderes do Estado, o gesto indigno, desprezível e estigmatizante daqueles que, agindo como delinquentes vulneradores da ordem constitucional, não hesitaram em dessacralizar os símbolos majestosos da República e do Estado Democrático de Direito.

Relembrar, sempre, a data de 8/1/2023, para repudiar o ultrajante vilipêndio cometido por mentes autoritárias contra o Estado de Direito – e para jamais esquecê-la -, há de constituir expressão de nosso permanente e incondicional respeito à Lei Fundamental do Brasil e de reafirmação de nossa crença na preservação do regime democrático, na estabilidade das instituições da República e na intangibilidade das liberdades essenciais do Povo de nosso País!”

Ministro Francisco Rezek

“Duzentos anos de história não se apagam em poucas horas de vandalismo e irracionalidade. Se o Supremo sobrevive aos estragos materiais e à fúria que lhes deu origem, é porque sua fortaleza não se confina no vidro, na madeira ou na pedra.”

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